Com sentido de meta cumprida e satisfação terminámos o workshop Dizer Sim à Vida orientado por JOAN GARRIGA no Porto, no final do mês de Fevereiro 2022.
Um campo de vivências que desatou o melhor de nós: o contacto e atenção a si próprio, a abertura ao outro sem juízos, estar simplesmente em presença – nesse ponto onde tudo é novo e catalisador das aprendizagens, que caem como fruto maduro.
Aprendemos que o corpo pode ser o nosso melhor guia, ele pode colocar-nos em contacto com aquilo que, defensivamente, queremos manter fora da órbita da nossa consciência. Aprendemos a observar as mudanças que nele se vão manifestando, prestando atenção aos nossos estados transientes: imagens mentais e sensações fugazes, aos sentimentos que se insertam nas sensações físicas.
Observámos e aprendemos sobre muitas das formas que criativamente erigimos para desterrar a dor e também de malograr a deslealdade aos sistemas, muitas vezes criando uma outra dor – a dor que deriva de nos cristalizarnos em dinâmicas de infelicidade, que nos interditam de nos regenerarmos e evoluirmos num sentido de maior expansão criativa, que muitas vezes nem nos atrevemos a aspirar.
Seja porque permanecemos em dinâmicas de evitamento do sofrimento ou de luta contra o sofrimento, de dissimulação da falta ou de ausência de contacto com esta, de expiação, de lealdades invisíveis que nos conferem um sentido de inocência, etc. – dinâmicas que limitam a vitalidade e o sentido da vida, que nos fazem postiços e não nos deixam habitar quem somos, estar em sintonia connosco e com a realidade.
Através de muitas e fecundas hipóteses e estratégias de trabalho que foram emergindo dentro do grupo, com mão segura, e convocando o nosso desejo de transformação, Joan Garriga foi-nos conduzindo à honestidade de “si para consigo”, à liberdade de sentir e à liberdade de reconhecer o que foi e o que somos prescindindo dos “deveria ser”, ao nosso centro e eixo pessoal, em suma – à presença.
Dentre dos muitos recursos a que assistimos e com os quais pudemos aprender, destaco com apreço a visita do nosso eu futuro para nos avisar e lembrar que sobrevivemos e construimos muitas coisas.
A evolução necessita de reconhecer ao passado a sua verdade e deixá-lo, finalmente, ser, ficar no passado.
Termino com uma ideia de Joan Garriga do seu mais recente livro “Decir si a la vida/ Dizer sim à vida” (2021):
“Perseverar na dignidade e no sentido de sermos amados como um fruto mais da realidade. Se realidade e perfeição forem assimiláveis, então cada ser humano é realidade, e portanto perfeito e desejável tal e como é”.
Gratidão a Joan Garriga e a todos os participantes do Workshop Dizer Sim à Vida, no Porto a 26 e 27 Fevereiro 2022.
Eva Jacinto
Um campo de vivências que desatou o melhor de nós: o contacto e atenção a si próprio, a abertura ao outro sem juízos, estar simplesmente em presença – nesse ponto onde tudo é novo e catalisador das aprendizagens, que caem como fruto maduro.
Aprendemos que o corpo pode ser o nosso melhor guia, ele pode colocar-nos em contacto com aquilo que, defensivamente, queremos manter fora da órbita da nossa consciência. Aprendemos a observar as mudanças que nele se vão manifestando, prestando atenção aos nossos estados transientes: imagens mentais e sensações fugazes, aos sentimentos que se insertam nas sensações físicas.
Observámos e aprendemos sobre muitas das formas que criativamente erigimos para desterrar a dor e também de malograr a deslealdade aos sistemas, muitas vezes criando uma outra dor – a dor que deriva de nos cristalizarnos em dinâmicas de infelicidade, que nos interditam de nos regenerarmos e evoluirmos num sentido de maior expansão criativa, que muitas vezes nem nos atrevemos a aspirar.
Seja porque permanecemos em dinâmicas de evitamento do sofrimento ou de luta contra o sofrimento, de dissimulação da falta ou de ausência de contacto com esta, de expiação, de lealdades invisíveis que nos conferem um sentido de inocência, etc. – dinâmicas que limitam a vitalidade e o sentido da vida, que nos fazem postiços e não nos deixam habitar quem somos, estar em sintonia connosco e com a realidade.
Através de muitas e fecundas hipóteses e estratégias de trabalho que foram emergindo dentro do grupo, com mão segura, e convocando o nosso desejo de transformação, Joan Garriga foi-nos conduzindo à honestidade de “si para consigo”, à liberdade de sentir e à liberdade de reconhecer o que foi e o que somos prescindindo dos “deveria ser”, ao nosso centro e eixo pessoal, em suma – à presença.
Dentre dos muitos recursos a que assistimos e com os quais pudemos aprender, destaco com apreço a visita do nosso eu futuro para nos avisar e lembrar que sobrevivemos e construimos muitas coisas.
A evolução necessita de reconhecer ao passado a sua verdade e deixá-lo, finalmente, ser, ficar no passado.
Termino com uma ideia de Joan Garriga do seu mais recente livro “Decir si a la vida/ Dizer sim à vida” (2021):
“Perseverar na dignidade e no sentido de sermos amados como um fruto mais da realidade. Se realidade e perfeição forem assimiláveis, então cada ser humano é realidade, e portanto perfeito e desejável tal e como é”.
Gratidão a Joan Garriga e a todos os participantes do Workshop Dizer Sim à Vida, no Porto a 26 e 27 Fevereiro 2022.
Eva Jacinto